“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar tolo, estará sujeito ao inferno de fogo” (Mateus 5.20-22 – RA).

“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10 – RA).

Diante dos próprios textos bíblicos supracitados, dá para perceber o nível de operação do diabo na vida de quem chegou nesse estágio. As brechas já foram extremamente abertas e crateras espirituais já possibilitam uma grande gama de operações malignas naquela vida, para maquinações de roubo, morte e destruição. É quando, em alguns momentos, aquele que está no estágio da raiz de amargura chega a pensar e/ou a dizer: “Não tenho nada a perder”.   Uma frustração alimentada poderá se transformar em uma profunda raiz de amargura que levará aquele individuo a ações e reações imprevisíveis, muitas vezes.

A quem perdoais alguma coisa, também eu perdoo; porque, de fato, o que tenho perdoado (se alguma coisa tenho perdoado), por causa de vós o fiz na presença de Cristo; para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (2 Coríntios 2.10,11 – RA).

“Não brinque com o mundo espiritual, não subestime a malignidade. O diabo quer te alcançar e atingir. Seja chato, radical, intolerante, mas não negocie com aquilo que pode deixar sua unção em risco. Vigilância total!”  (Pr. Josué Brandão – Conferência Pastores Discipulando Pastores, Águas de Lindóia – SP, 2018).

Recordo-me de uma aluna, no período em que eu lecionava em uma escola da rede municipal da minha cidade, por volta do ano 2000. Ela começou a mudar seu comportamento em sala de aula e principalmente em relação a minha pessoa. Sempre procurei tratar todos os meus alunos com muito respeito, tendo muito cuidado na relação professor-aluno (a). Mas, de uma hora para outra, o nível de agressividade nas palavras e atitudes daquela jovem, “inexplicavelmente”, estava ando a ser algo que precisava ser bem tratado com urgência. Procurei rapidamente a diretora da escola para deixá-la ciente e saber se ela tinha conhecimento de algo relacionado a essa situação. Para minha surpresa, a informação já havia chegado em seus ouvidos e ela já conhecia o motivo de tal mudança de comportamento.  Aquela jovem havia se apaixonado por mim e como eu não estava correspondendo àquele “amor”, ela começou a transformar em ódio o fato de eu não responder aos seus anseios.

Gostaria de destacar algo importante sobre essa situação: na época, entrei em oração no propósito de que todo engano e arma forjada contra mim caísse por terra e aquela situação em relação aquela jovem fosse completamente resolvida, e sabe o que aconteceu? Não precisei bater boca, nem me indispor com ninguém. Eu sabia que venceria pela oração e assim aconteceu. Em um curto espaço de tempo ela pediu transferência da escola e nunca mais a vi novamente.

Se a sua situação é de estar sendo perseguido, guarde esse conselho: fique no lugar de oração, permaneça no Senhor, guardando seu coração, pois o que mais o inimigo quer é que você saia desse lugar de pureza e proteção. Não entre na arena da amargura, da contenda, entenda que, como a Palavra nos fala em Efésios 6.10-13, sobre o dia mal, ela nos incentiva a permanecermos firmes, cientes de que a nossa luta (já vitoriosa por meio de Cristo – grifo do autor) não é contra a carne e sangue, e sim contra os principados e potestades. Portanto, nossa posição é permanecer firme no Senhor, na arena da oração, das ações de graças, da fé, esperança e do amor.

Se entendermos o contexto da palavra “raiz”, vamos perceber que podemos aplicá-la a diversas situações encontradas na Bíblia, inclusive observadas ao longo dessa leitura. A raiz, em uma árvore, é responsável pela sustentação da planta no solo e pela absorção dos líquidos e nutrientes para manutenção da mesma. Em outra perspectiva, podemos entender raiz como origem, base de formação de algo. 

Se pensarmos na raiz como aquela que sustenta a árvore e absorve os nutrientes do solo, vamos perceber que muitas vidas aplicam toda sua força produtiva focada naquilo que é extremamente danoso, perdendo seu precioso tempo, alimentando ressentimentos, quando poderiam estar sendo felizes em sua família, ativos em seu chamado, criativos em seus projetos. Porém, ao contrário, canalizam essa força para alimentar a árvore má, que ou a crescer em suas vidas.

Quantas vidas precisando de você e você perdendo tempo alimentando essa situação! Não abra mão do lindo propósito que Deus tem a realizar em sua vida, para entrar por este caminho e, assim, permitir que o peso da raiz de amargura venha a estar presente e, consequentemente, afastá-lo da graça de Deus, ando a viver uma vida em torno do veneno da amargura que mata, em alguns casos, aos poucos e, em outros casos, mais rapidamente.

Há alguns anos acompanhei o caso de um pastor de uma grande igreja que promoveu um Congresso, onde tive a oportunidade de ministrar. Havia sido convidado para ministrar,  mesmo não tendo tanto contato com aquele pastor e também não sabia como estavam os bastidores daquela obra. Iniciei minha ministração e algo muito forte começou a acontecer. Por dentro de mim borbulhava a história de Arão e Hur, que seguraram os braços de Moisés, que encontramos em Êxodo 17.8-16 – RA e uma direção do Espírito específica sobre honra às autoridades veio de modo tão glorioso naquele momento. As revelações do Espírito começaram a acontecer, o dom da palavra de conhecimento, que é a revelação do Espírito de coisas da mente de Deus que se referem ao presente e/ou ado, pessoas, lugares e/ou coisas, começou a operar intensamente, tocando a vida daquele corpo local.

De fato, eu não fazia ideia da gravidade das situações que estavam acontecendo naquela obra. Havia algumas pessoas que estavam extremamente rancorosas, amarguradas contra o pastor e ele estava sofrendo bastante com toda aquela situação. Não podemos esquecer que a Palavra é poderosa para discernir pensamentos e propósitos do coração.

*Extraído do livro: Livres da amargura

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