por João Roberto Albuquerque

Não é suficiente apenas chegar na igreja. Você deve se achegar a Deus. Por muito tempo, nós temos acolhido a ideia de ser igreja e não ser do mundo, muitas vezes vivemos em uma certa limitação, mas não deve ser assim. Aquele que nos chamou tem um planejamento específico, nós não devemos ser parciais na obediência.

Não devemos limitar toda a nossa atuação apenas à igreja local, não podemos ser egoístas e defraudar o mundo da oportunidade de ser iluminado com a nossa luz.

Acenda uma luz durante o dia e veja se faz sentido, depois, acenda uma luz nas trevas e você verá a diferença. Somos luz, independente da hora e do lugar, mas a luz faz mais diferença nas trevas.

Veio a mim uma inspiração de falar sobre a obrigação de ser uma bênção. Não é uma sugestão, não é uma possibilidade, mas sim, uma obrigação. Você pode desobedecer, mas a obediência traz bênção e desobediência traz maldição. Se eu quero bênção, devo me esforçar para entender o propósito, me sujeitar, corresponder e desfrutar do plano maravilhoso e glorioso, planos de paz e não de mal, que Deus tem para minha vida e também para a sua, pois Ele não faz acepção de pessoas.

Em Gênesis 1.26 está escrito: E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra”.

Deus fala sobre o propósito e criação do ser humano. Ele disse que o homem teria “domínio sobre”, e esse foi o propósito de Deus criar o homemE eu lhe pergunto, mudou esse propósito? Um escritor disse que redenção para nós é ser resgatado do pecado e ser creditado para ir para o céu. E isso seria redenção. Mas ele pergunta se essa é a parte de Deus ou nossa? Essa é a nossa parte, no sentido de benefício, pois quem está sendo beneficiado somos nós. É a nossa vida que está sendo beneficiada. Essa é a parte da redenção que vai beneficiar a mim e a você.

Eu não sei se você tem um consentimento de gratidão, pois Deus decidiu se envolver com a nossa vida sabendo que ele podia resistir sem a gente, mas Ele decidiu se envolver com a gente. Não é justo Ele estender a mão, que não é tão simples, já que, segundo João 3.16, estender a mão seria mandar o seu único filho unigênito, ou seja, esse estender a mão teve um preço, teve um sacrifício, teve um valor para essa redenção. E você se levanta nascido de novo e diz: “Estou salvo”. E Deus pergunta: “E minha parte?” e você diz: a sua é com você

Mais ou menos, aquela ideia dos leprosos, no qual, os dez foram curados, mas só um voltou. Eu lhe pergunto se temos voltado para Deus, depois do pecado? Ou a gente tem entendido que foi benefício para nossa vida? Aquele escritor dizia que o propósito de Deus em nos resgatar, é restaurar o homem no poder de novo. E que posição é essa? A resposta é: domínio. Qual foi o exemplo que Jesus ou para nós? Ele dominou ou foi dominado? Quando eu falo em domínio, não falo em tirar proveito, mas sim, uma autoridade como Deus que age para beneficiar.

Muitas vezes, quando queremos ser autoridade com uma inclinação mundana, Jesus diz: Vocês não sabem o que estão pedindo, pois vocês veem uma autoridade para tirar vantagem, no meu olhar, ser autoridade é dar vantagem.

O mundo quer ser autoridade, mas uma autoridade fora do propósito. Quando Deus fez o homem, Ele o fez para que  tivesse domínio, mas o domínio de Deus é opressor, ele escraviza? Pense em um pai, o domínio de um pai sobre uma família é para proteger e suprir. Deus quer nos levantar como homens e mulheres para ocupar esse lugar.

Eu lhe pergunto, quem você seria quando eu utilizo a ilustração dos leprosos? Os nove que se beneficiaram com a redenção e que dizem “graças a Deus vou desfrutar minha paz, da bênção de ser próspero, vou desfrutar de uma boa vida cem vezes, tanto nesta vida e no futuro, a vida eterna”. Isso é redenção para o homem, mas para Deus é ter de volta alguém disponível para o céu utilizar no propósito de governo e de domínio.

Jesus veio aqui em um tempo de trevas e Ele andou como filho de Deus, com autoridade e de cabeça erguida. Ele não teve necessidade de se candidatar, de ser governador de Roma e nem imperador. Ele não precisou. Não digo que não seja necessário pois todo segmento da sociedade precisa, mas Jesus cumpriu o propósito de ter domínio sem ter que ocupar essas funções clássicas.

Deus o fez para ser uma bênção e isso é uma obrigação.

Jesus disse: “Não foram vocês que me escolheram, antes, eu vos escolhi e vos designei para que você vá e dê fruto e esse fruto permaneça”. Muitas vezes, nós não evoluímos, pois temos essa mentalidade que só pode ter alguém por trás. O diabo tem medo de um crente liberto, pois um crente liberto não é benefício apenas para ele, ele é luz do mundo, ele é influência e se você faz a sua vida dá certo, você será influência.

Às vezes, nós não estamos na obediência que Abraão esteve, mas com um olhão em sua bênção. Nós precisamos despertar para a responsabilidade de ser igreja e de ser cristão.

Gênesis 12.2 diz: “E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. 3 E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Ou seja, Deus nos chamou para influenciar. O objetivo de Deus é ter o homem no caminho influenciando com justiça, com vida e com verdade. Jesus disse que somos a luz do mundo. Como propósito, o que uma luz faz? Ela influencia e nós somos influência, mas nos acovardamos e vivemos de forma egoísta, protegidos pelas paredes de um templo, sem querer ser a bênção que Deus precisa que a gente seja na sociedade.

Em Gênesis 41.38-43 está escrito: E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus? Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo, somente no trono eu serei maior que tu. Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito. E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez vestir de roupas de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim o pôs sobre toda a terra do Egito”.

Eu lhe pergunto: isso é uma influência? SimMas você diz que isso era o chamado de Deus. Tem muita gente se acovardando nas suas responsabilidades com essa justificativa do chamado de Deus sobre a vida de alguns e deixa de considerar o seu chamado. Qual é o seu chamado? É ser uma bênção, ser influência e resplandecer como luz.

Na cultura da sociedade egípcia, a sociedade se dividia em cinco classes: a primeira classe da família real, a segunda classe dos sacerdotes e a nobreza e a terceira classe dos escribas. A quarta classe era dos militares e coletores de impostos, e a quinta, de camponeses e escravos. José ocupava a mais baixa classe dessa sociedade, mas há uma diferença, o Senhor era com José.

Não importa a categoria que você se encontra. Se o Senhor é contigo, já dá para ser uma bênção.

Às vezes desejamos ser patrões e não empregados, dizemos: tá amarrado ser empregado! Ao invés de amarrar, seja uma bênção. Uma pessoa diligente, não ará muito tempo na plebe, pois perante reis será posto. É o que está escrito na Palavra.

Deus não o chamou para ser maldição, seja uma bênção na sua família, na sua empresa, afinal, esse é o desígnio e o propósito: abençoar os maus e perversos pois é Deus quem irá julgar.

 “E Naamã, capitão do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu SENHOR, e de muito respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos sírios; e era este homem herói valoroso, porém leproso. E saíram tropas da Síria, da terra de Israel, e levaram presa uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã. E disse esta à sua senhora: Antes o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. Então foi Naamã e notificou ao seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel. Então disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi, e tomou na sua mão dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupas” (II Reis 5.1-5)

Essa menina era empregada doméstica, contra a sua vontade, mas era uma influência no meio onde ela atuava. Você não precisa mudar nada, dá para começar de onde você está. Qual é o desígnio de Deus? Ser uma bênção!

“Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros. Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção” (Efésios 4.25-30)

Mesmo você tendo um propósito, se você der lugar ao diabo, ser uma bênção deixa de ser uma possibilidade.

Deus o fez para ser louvor para a glória d’Ele. Quando alguém o ouvir, deve sair um glória a Deus. Você tem o dever de ser uma bênção. Este é o propósito: abençoado para abençoar.

*Texto extraído do site da Igreja Verbo da Vida Sede em Campina Grande (PB) 

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