por João Roberto

“E ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres novos” (Marcos 2.22).

Quero lhe perguntar hoje: como estão os odres? Ao colocar vinho novo em odre velho, se perderá tanto o vinho quanto o odre. Se precisamos de algo novo, é necessário estar disposto a dar algo novo, pois uma unção nova exige uma atitude nova. Isto me veio à mente quando pensei sobre o tema de uma nova unção: órfão ou pródigo?

Órfão:
1 – que perdeu o pai e/ou a mãe.
2 – que perdeu alguém que lhe era muito querido ou que o amparava e protegia.
Pródigo:
1 – que dissipa seus bens, que gasta mais do que o necessário; gastador, esbanjador, desperdiçador, perdulário

“Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós” ( João 14.18).

Ser órfão de pai vivo é até crime por abandono de incapaz. Você acha que Deus faria isso? Ele diz: “não vos deixarei órfãos; estarei contigo todos os dias até a consumação dos séculos”.

Para não nos deixar nessa condição, Ele envia o Espírito Santo, portanto, Deus está isento da culpa de nos deixar órfãos. Mas, a condição de ser pródigo é culpa nossa – uma escolha pessoal. Tendemos a pensar que pródigo é aquele que está desviado, mas hoje quero falar sobre os pródigos do Espírito, decretando, na forma de viver, independência d’Ele.

Em Lucas 15, o que levou aquele homem a ser um filho pródigo? Será que ele não tinha abrigo, proteção e cuidado? Tinha!

Mas foi egoísta, pensando em si mesmo e quando quis voltar para casa, o pai lhe assegurou: “Você tem um pai. As suas escolhas te tornaram pródigo, mas eu sempre estarei aqui”.

Um comparativo de Lucas 15. 11-24: O protegido vem ao consolador e pede: dai-me a parte do tempo que me pertence, e lhe foi concedido.

“ando não muitos dias, fazendo uso egoísta daquilo que era seu, partiu para um mundo abrangente de diversidade e dissipou todo seu tempo dissolutamente, em likes selfies, chats, WhatsApp, Instagram, Tik Tok, YouTube e demais distrações e também compras diversas.

Depois de ter consumido tudo, sobreveio um grande vazio naquele mundo, começou a ar necessidade, medo,  ansiedade, solidão, desespero, depressão; então ele buscou ajuda de  um cidadão daquele mundo  e este lhe ou antidepressivos e ali ele desejava ter vida, invejando até os próprios animais.

Então caindo em si disse: “Quanto servos na velha aliança tinha fartura de vida e paz, e eu aqui morro de escassez. Levantar-me-ei e irei ter com o meu ajudador, e lhe direi ‘pequei contra o céu e diante de ti, não sou digno que me trate como filho, deixa-me pelo menos estar na condição de servo’”. E levantando-se foi ter comunhão com o Espírito, vindo ele, e, percebida a sua atitude, o Espírito Santo prontamente o acolheu na comunhão, restaurando graça e paz e a ousadia de filho de Deus, reavivando o fervor no orar em línguas e interpretar e até profetizar e participar de todos os seus dons. E no recomeço o fruto já foi: regozijar- se”.

Não somos pródigos da Igreja, mas pródigos do Espírito. Uma multidão de cristãos que não gozam da presença do Espírito, do qual o mundo não pode desfrutar, mas nós podemos. São muitas distrações que nos absorvem e depois não sabemos porque nos sentimos vazios por dentro. 

Frequentar a igreja é bom, servir é bom, mas não podemos ser pródigos das condições e responsabilidades que temos em Deus, decidindo que vamos esbanjar nosso tempo em outras prioridades. Essa é a razão pela qual as pessoas estão sofrendo e sentindo abandono, desamparo e até depressão.

Um crente cheio do Espírito, em suas condições naturais, não pode ser vítima de depressão. Ele pode ser visitado, mas não padecer com isso. De onde veio a força de Jesus nos momentos de pressão, senão da ajuda do Espírito Santo? Enchei-vos no Espírito!

Tem gente que foi batizado no Espírito, mas não pratica a oração em línguas. Isso é uma imagem clara de um filho pródigo. Eu não sou contra orar em línguas enquanto dirige seu carro ou lava a louça, mas não podemos limitar nossa comunhão a isso. É justo que haja uma exclusividade no tempo com o Senhor.

Falar em línguas parece loucura, mas salva. As coisas do Espírito parecem loucura, mas trazem consolo, direção e resultado. Quem faz uso dessas ferramentas está bem assistido, nem é órfão, nem pródigo, porém quem escolhe viver fora dessa cobertura divina, vai provar de falta.

“Porquanto odiaram o conhecimento; e não preferiram o temor do Senhor: Não aceitaram o meu conselho, e desprezaram toda a minha repreensão. Portanto comerão do fruto do seu caminho, e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos. Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal” (Provérbios 1.29-33).

Não seremos pródigos do Espírito. Somos santuário de Deus e Ele habita em nós. Odres novos, unção nova!

 

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