Ao meu ver, quanto mais um líder cresce, mais dependente ele deve se tornar. E não me refiro a um tipo de dependência produto de imaturidade, falta de iniciativa ou criatividade. Tampouco uma dependência que signifique subordinação alienada ou uma postura iva e indolente.Refiro-meà dependência de quem não se vê completo enquanto sozinho

No entanto, parece que estou equivocado na minha observação. Tenho visto líderes que, à medida que crescem, tornam-se cada vez mais independentes. E essa “independência” que observo sim, é perigosa, arrogante, autossuficiente. Um tipo de independência que se opõe à interação entre a autoridade de quem “sabe mais que eu” e a minha subordinação à missão de quem “pode fazer melhor que eu”. Dependência que produz um tipo de submissão de mão dupla – a autoridade do líder que depende da autoridade do dom e da integridade daqueles a quem lidera.

O tipo de dependência a que me refiro, vinculada ao crescimento de um líder e da organização que ele preside, é uma dependência que produz interdependência.

A atitude interdependente de quem cresce para um nível acima da  dependência egoísta.

No ambiente de liderança em que o líder não depende da opinião, ideias e interação da equipe, a autossuficiência impõea incompetência e consequentemente resultados medíocres. Já a interdependência desenvolve um ambiente de interação em que cada membro da equipe depende um do outro e produz resultados acima da média.

A fonte motivacional de uma gestão empreendedora é a consciência que um individuo tem do seu propósito para a vida. Mas, atrelado a isso, a clareza em compreender que o meu propósito não acontecerá sozinho, sem a participação ativa da liderança eficaz que o dom de muitos outros exercerá na minha liderança.

Em outras palavras, o trabalho glorioso de um líder é produto da interdependência do trabalho glorioso de uma equipe, em que cada membro contribui com o que tem de melhor a oferecer.

A interdependência supera o medo que se instala quando o indivíduo está centrado em si mesmo e no pânico de ser superado, subestimado ou anulado na sua significância.

Ou seja, quanto mais um líder e sua organização crescem, mais ele precisa de especialistas em sua equipe, e mais ele precisa depender de conselhos e opiniões diversificadas e qualificadas. E “quando uma opinião for melhor que a minha”, preciso tão somente me submeter humildemente.

“Cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros”. (1 Coríntios 12.25)

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